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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Quadrinhos de não ficção

Jornalismo em quadrinhos, ou histórias em quadrinhos de não ficção, como dito no vídeo, sendo discutido e ensinado numa live extremamente informativa e interessante com apresentação de Cassiano Pinheiro e com o professor Aristides Corrêa Dutra que tem sua tese mestrado abordando o tema, muito provavelmente o primeiro do Brasil.

Vale muito a pena assistir essa grande aula sobre um tema:

https://www.youtube.com/watch?v=IHKbAeyAurc


Um pouco do currículo do professor Aristides:

Ele é formado em Artes Plásticas pela UFES e mestre em Comunicação Social pela ECO / UFRJ, com dissertação sobre Jornalismo em Quadrinhos (uma pioneira no Brasil). Atualmente é professor de História em Quadrinhos, Programação Visual e Ilustração Digital nas universidades Veiga de Almeida e Cândido Mendes. Também foi colunista e fotógrafo colaborador da revista Conceito A, onde escreveu sobre a memória arquitetônica Rio de Janeiro, sua cidade há vinte anos. Além de tudo isso é fotógrafo, designer gráfico e ilustrador.

Também se inscreva no canal Mundo Gonzo que contém as melhores entrevistas e abordas os temas mais incríveis para do universo das histórias em quadrinhos:

https://www.youtube.com/mundogonzo

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Pré-venda de Fujie e Mikito anunciada

FUJIE E MIKITO, graphic novel com reportagem e roteirizada por essa pessoa que vós fala e a sensacional arte de Marcelo Costa, está em PRÉ-VENDA!


"A bagunçada vida de um jovem jornalista passa por transformações quando ele resolve contar a épica jornada dos Fukuda, uma família japonesa que abriu mão de tudo para tentar a vida no Brasil. Em seu novo trabalho, o jornalista e roteirista Yuri Andrey se junta ao experiente quadrinista Marcelo Costa para contar a luta de uma família de imigrantes através dos anos, reverberando as agruras e a perseverança de toda a história da imigração japonesa no Brasil. Fruto de intensa pesquisa, FUJIE E MIKITO é uma narrativa humana, delicada, vibrante e atenciosa, que delineia com emoção a  rica trajetória dos Fukudas no Brasil." 

Na lojinha com brinde + frete grátis: editoramino.com/loja

Na Amazon: https://amzn.to/2JMqVgD

sábado, 2 de novembro de 2019

Edição especial de PB traz jornalismo e quadrinhos

Trabalho massa de mais do Alexandre de Maio de jornalismo em quadrinhos nessa edição especial de Problemas Brasileiros que traz entrevistas com 10 deputados de diversos partidos eleitos pela primeira vez. Foi a maior renovação desde a reinstauração da democracia no país e é importante a compreensão desse cenário para entender vários dos aspectos dessa "nova" política que tem se apresentado atualmente, conhecendo algumas das pessoas por trás dela.





terça-feira, 9 de abril de 2019

MINODAY na Loja Ugra


No Minoday estarei lá falando do meu novo projeto! Vai ter muita gente bem incrível!!! O line up tá demais!!! Não percam!!! 😉😉😉


quinta-feira, 6 de julho de 2017

O Mundo de Aisha - A revolução silenciosa das mulheres no Iêmen

O italiano Ugo Bertotti desenha essa bela graphic novel a partir dos relatos da fotojornalista Agnes Montanari, que colabora com o livro não só com seu depoimento, mas também com fotos tiradas durante o tempo em que ficou no Iêmen. Então, ainda não sei por que do nome dela não aparece como autora ou coautora do livro. Um pouco do mesmo machismo do Iêmen pode ainda ressoar com alguma intensidade no mundo ocidental.

Enfim, voltando a obra, mais especificamente ao subtítulo em português que fala sobre uma revolução silenciosa. Essa tal revolução não chega nem a ser um ruído, talvez um sussurro abafado dentro de um niqab (vestimenta típica que cobre o corpo todo das mulheres deixando apenas seus olhos a mostra) de tão silenciosa, mas não que não tenha sua relevância. Tem sim, e muita, principalmente para as mulheres de lá. Quero dizer com isso que diante da sociedade machista, misógina, retrógrada em que elas vivem, não há mudanças significativas no comportamento dessa sociedade em si. Existe sim uma mudança nos grupos de mulheres que sofrem com a total falta de estrutura para dar-lhes qualquer apoio, suporte ou orientação. As histórias deixam isso bem claro. E para quem pensa que esses pequenos sussurros revolucionários são recentes, precisa realmente ler a obra. Elas já vêm mostrando sua força e vontade de mudar há muitos anos.

Basicamente são três mulheres que nos guiam sobre os costumes e suas histórias de um mundo muito distante do nosso, sendo muito, muito distante culturalmente. O que elas sentem ou almejam ninguém se importa. Apenas seus atos rebeldes são notados e na maioria das vezes há alguma forma de punição. Uma simples ida a janela de casa sem o niqab pode ser interpretado como um ato de insurgência, pode custar a vida de uma mulher e seu agressor ficar impune. Atos que vão além da coragem e da rebeldia. Atitudes que são necessárias muitas vezes por serem a única alternativa. Elas chegam a pagar um preço muito alto por suas posturas e quererem dar um país mais livre as futuras gerações de mulheres iemenitas.

Pode se encontrar referências a outras obras relacionadas a nona arte e ao jornalismo. Por exemplo, o traço de Bertotti e o tema são muito ligados a Persepólis de Marjane Satrapi, aliás o Oriente Médio, universo muçulmano e guerras de cunho religioso são retratados de forma recorrente no universo do jornalismo e quadrinhos. Talvez pelas ações terroristas diretamente ligadas a grupos extremistas que repercutem de forma intensa e exaustiva nos meios de comunicação. Talvez pelos intensos conflitos armados em si que também ganham notícias diariamente. Talvez pela curiosidade em geral do povo ocidental pela cultura em torno do islamismo. Talvez, e prefiro acreditar nesse, seja pela tentativa universal de empatia e de se solidarizar de alguma forma com alguns grupos, sobretudo o de mulheres, pela maneira como são tratados pelos regimes que têm como uma de suas bases políticas o islamismo. Na maioria das vezes tratadas com muita repressão e violência.

O trabalho fotográfico de Montanari é outro aspecto ligado ao tema jornalismo/quadrinhos que fazem de alguma forma alusão a uma outra graphic chamada O Fotógrafo de Didier Lefèvre que narra sua viagem pelo Afeganistão com um grupo do Médico Sem Fronteiras em meados dos anos 1980. Em ambos os quadrinhos, as fotos têm um papel fundamental de corroboração com a história ou as histórias. Usam de forma a impactar com mais intensidade o que já fora registrado em desenhos. Deixando tudo ainda mais humanizado. Criando uma narrativa única, podendo se tornar um gênero com características próprias do híbrido entre quadrinhos, jornalismo e fotografia.
Há uma passagem onírica bem colocada e outra em que há uma lenda sobre a fundação da cidade Sanaa, capital do Iêmen, ambas na última história que fala da vida de Aisha e de outras mulheres que ela tem contato. No documentário em forma de desenho animado Valsa com Bashir dirigido por Ari Folman, que depois virou uma graphic novel, é recheado de momentos de sonhos, ou pesadelos, que percorrem a obra toda. O próprio Folman disse que a animação foi o meio encontrado para dar forma a esses sonhos. Com um documentário comum não seria possível, ou até seria, porém, os custos de produção seriam astronômicos. No Mundo de Aisha são poucas passagens desse tipo, diferente da obra de Folman, onde os sonhos são fundamentais para a narrativa, mas no livro de Bertotti esses momentos fazem uma metáfora ao comportamento opressor recebido pelas as mulheres, contando até sua provável origem, antes mesmo da criação do islamismo.

Com todos esses aspectos O Mundo de Aisha se torna uma obra sobre a terrível realidade da vida das mulheres iemenitas. Também é inspirador conhecer a história de força e de organização dessas esposas, filhas, mães, ao querer uma vida melhor, um Iêmen mais justo para suas mulheres. Pode até ser um movimento muito silencioso, mas que é poderoso e inevitável.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Quatro Marias e o Aborto no Brasil


Apresento a vocês um belo trabalho sobre a triste realidade do aborto aqui no Brasil, é o Quatro Marias. Duas estudantes, Helô e Joyce, e sua professora, Bianca, produziram uma reportagem sensível e bem informativa em quadrinhos sobre quatro mulheres que passaram por situações em que tiveram que abortar.
As histórias reais dessas mulheres se unem a textos informativos e entrevistas com pessoas de diversas áreas, contribuindo para dar um panorama sobre esse momento que fez, faz ou pode vir a fazer parte da vida de algumas mulheres, e ainda é um grande tabu na nossa sociedade. O aborto, sua legalidade, seus procedimentos, suas consequências, enfim tudo que envolve esse assunto deve ser cada vez mais discutido e esclarecido, e essas moças da Cásper Líbero o fazem de forma muito assertiva.

Além das histórias, o site ainda contém dados sobre o assunto, perguntas frequentes e como foi todo o processo de produção da reportagem, desde as entrevistas até a elaboração dos desenhos. 

Vale muito a pena conferir!!!